BLUMENAU SE ENCANTA COM OKÀN, ESPETÁCULO QUE O TEATRO DA PEDRA LEVOU AO 27º FENATIB

Foto: Marcelo Martins/Fenatib

A participação do Teatro da Pedra no 27º Festival Nacional de Teatro Infantil (Fenatib), em Blumenau, Santa Catarina, com a apresentação do espetáculo Okàn, foi um divisor de águas na trajetória do grupo. O elenco voltou transformado da experiência.

Além de ser sua primeira vez em Santa Catarina, o grupo sempre quis participar de um festival com tantos anos de história. “Saber que o teatro infantojuvenil brasileiro tem, há 27 anos, um espaço de destaque como esse é muito forte para qualquer um que se propõe a construí-lo”, afirma a atriz e gestora do grupo, Elis Ferreira.

Segundo ela, o grupo foi recebido com muito carinho. “Conhecemos pessoas fenomenais e trocamos experiências inimagináveis”, acrescenta. Foram duas apresentações com casa cheia no Teatro Carlos Gomes e uma avalanche de comentários positivos.

Okàn é um espetáculo infanto-juvenil que conta a história de uma família negra em Minas Gerais, que fala sobre a ancestralidade africana na diáspora provocada pelo processo de escravização. Por isso, o grupo estava curioso para saber o impacto que esta história teria em uma população majoritariamente branca, descendente de imigrantes europeus.

O resultado surpreendeu a todos. “O público realmente se emocionou com o espetáculo, comprovando que toda grande história é universal”, avalia Juliano Pereira, diretor de Okàn, acrescentando que os depoimentos enviados espontaneamente para as redes sociais do grupo comprovam o sucesso.

A professora Aline Goldaker fez questão de registrar que uma outra colega de trabalho, que assistiu ao espetáculo com ela, durante a tarde, gostou tanto que voltou para curtir a sessão da noite. “Foi a melhor peça de teatro que já assistimos em todos os Fenatibs até hoje! Vocês são excelentes! Amamos”, ressaltou.

A advogada Maria Tereza Peters disse que chegou cedo para sentar-se na primeira fileira e não se arrependeu. “Nós não gostamos. Nós amamos! (...) Eu ri, sorri e chorei várias vezes! Emocionante! Tocante! Lindo!!!!!!!! Uma aula de geografia, religião, cultura, hereditariedade, escravidão, regionalismo. Voltem sempre!!!!”, ressaltou.

A plantadeira Sheide Mara argumentou que foi um dos espetáculos mais bonitos que já viu. “Me emocionei muito. Vocês são incríveis. (...) Vocês expandiram meu coração, concluiu.