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Darwin nos informó que somos primos de los monos, no de los ange- les. Después supimos que veníamos de la selva africana y que ninguna cigüeña nos había traído desde París. Y no hace mucho nos enteramos que
nuestros genes son casi igualitos a los genes de los ratones. Ya no sabe- mos si somos obras maestras de Dios, o chistes malos del diablo.
Nosotros, los humanitos: los exterminadores de todo, los cazadores del prójimo, los creadores de la bomba atómica, la bomba de hidrógeno y la bomba de neutrones, que es la más saludable de todas porque liquida a las personas pero deja intactas las cosas, los únicos animales que inventan máquinas, los únicos que viven al servicio de las máquinas que inventan, los únicos que devoran su casa, los únicos que envenenan el agua que les da de beber y la tierra que les da de comer, los únicos capaces de alquilarse o venderse y de alquilar o vender a sus semejantes, los únicos que matan por placer, los únicos que torturan, los únicos que violan.
Y también... los únicos que ríen, los únicos que sueñan despiertos, los que hacen seda de la baba del gusano, los que convierten la basura en hermosura, los que descubren colores que el arco iris no conoce, los que dan nuevas músicas a las voces del mundo y crean palabras, para que no sean mudas la realidad ni su memoria.
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Humanitos, de Eduardo Galeano
Eduardo Galeano . Erika Hilton . Geni Nuñez . Nêgo Bispo . Mujica . bell hooks . Franz Fanon . Titãs . Calle 13
A colonização. A escravização. O racismo. O genocídio da juventude negra.
O patriarcado. A divisão sexual do trabalho. A masculinidade tóxica. O estupro. O aborto.
A pauta conservadora. A ameaça aos corpos dissidentes.
O padrão inatingível de beleza.
A ciência eurocentrada. A hipocrisia da classe média.
A meritocracia. A produtividade. A escala 6X1.
O extrativismo. A exportação de commodities.
As veias abertas pelas quais escoa o que resta de Nuestra América.
O nosso não-lugar. A nossa identidade fraturada.
O golpe. A ditadura. O imperialismo. A tortura.
O outro golpe. E mais uma tentativa de golpe.
Os diferentes sistemas de opressão que nos animalizam.
Tudo isso é parte da matéria que constitui Brutal
– um espetáculo tão indigesto quanto o capitalismo.
Sinopse

Classificação: 16 anos
Duração: 1h15

“A força de uma entrega que emociona
o público e nos tira do lugar.”
Ana Dias
professora de Teatro da UFSJ
“A peça apresenta coisas muito duras, mas ao mesmo tempo me deu tanta vontade deviver.”
Renata Santos
cientista social e gestora cultural
“Fala de temas super pertinentes para o
cotidiano do Brasil.”
Andrea Fernandes
atriz portuguesa
"Esta pergunta me fez questionar se outras pessoas que vêm de realidades
diferentes da minha podem respondê-la"
Juarez Cruz
estudante de jornalismo da UFSJ

Em formato de
Palco Italiano (6x8m)

Direção: Juliano Pereira
Elenco: Elis Ferreira, Fernanda Nascimento, Guilherme Teixeira, Gustavo Rosário e Priscila Mathilde
Texto: Elenco
Artista residente: Andrea Fernandes
Sonoplastia: Guilherme Teixeira e Héricles Gomes
Operador de som: Héricles Gomes
Figurino e visualidade: Olívia Lima do Ateliê Pano de Roda
Iluminação: Diego Machado e Juliano Pereira
Fotografia e vídeo: Vinícius Cruz
Design gráfico: Dudu Canaan e Marcy de Oliveira
Coordenação de comunicação: Najla Passos
Realização: Teatro da Pedra
Ficha Tecnica








